"Acredito que você não tenha mesmo esquecido as minhas frases clássicas, aquelas que repito sempre e sem querer, em todas as nossas conversas eventuais. A sua memória parece das boas e sua capacidade de mexer comigo também parece inalterável.
Não ensaiei, mas sei, devo evitar o teu olhar, enquanto você evita o meu e finge não me ver, mas me vê e parece mudar de estratégia e puxa uma conversa de assunto ameno, com o tom da voz obrigatoriamente grave e reconhecido, como se nenhuma insinuação maior pudesse ser trocada, porque há algo que nos envolve entre uma pergunta sua e outra resposta minha, enquanto eu, especialmente, guardo todas as minhas perguntas num sorriso delator.
Você mexe comigo, garoto e eu não sei o que fazer com isso, desde aquele 9 de abril."
Não ensaiei, mas sei, devo evitar o teu olhar, enquanto você evita o meu e finge não me ver, mas me vê e parece mudar de estratégia e puxa uma conversa de assunto ameno, com o tom da voz obrigatoriamente grave e reconhecido, como se nenhuma insinuação maior pudesse ser trocada, porque há algo que nos envolve entre uma pergunta sua e outra resposta minha, enquanto eu, especialmente, guardo todas as minhas perguntas num sorriso delator.
Você mexe comigo, garoto e eu não sei o que fazer com isso, desde aquele 9 de abril."
2 Participações:
Não há o que pensar: é pegar ou largar. Prá que economizar felicidade, racionalizar. Se tá bom, deixa rolar. A vida não precisar que a compliquemos mais.
Fábio, sempre tão coerente e cheio de referências. Obrigada pelas visitas. bjs
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