“(...) E então alguém pergunta:
_Quem é ela?
_Ela? Tem tatuagem, ouve rock and
roll, gosta de séries americanas, tá aprendendo inglês, só assiste filmes
legendados, dança muito bem ouvindo ‘Oh! Darling’ dos Beatles, enquanto algum
cara pede em silêncio um pouquinho da sua atenção no meio da balada, lê John
Fante, é fã do Bandini, tira uns sons na velha guitarra do irmão, usa batom
vermelho em todas as ocasiões – salto alto também -, pernas sempre de fora, não
recusa drinks coloridos, detesta cerveja, fuma às vezes, já quis ser DJ,
designer, cantora, atriz e tem talento pra qualquer coisa nesse mundo, sua vida
é um circo, sua cama é seu palco, seus fones de ouvido são seus melhores
amigos, na verdade não tem muitos outros, na verdade só tem um que sou eu, mas
não se importa com isso, não se importa com quase nada, na verdade não se importa
com nada, escreve pra viver, vive como se não houvesse amanhã e esquece o ontem
depois de uma boa noite de sono. Não importa cara, ou você entra
no jogo dela ou ela te joga, bem assim, quase previsível. Digo quase, porque nesse momento ela já pode
estar mudando alguma dessas coisas que eu te disse. Essa é Nalu.”
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